sexta-feira, setembro 09, 2005

Uma aventura...



Em porto covo.

O nascer do sol anunciou azar e penúria para esse dia em qual o grupo tudo menos exclusivo dos 3 D’s constituído por Damo S, Damo N, Damo M e Damo K, envergou na maratona de filmes que foi a aventura de Porto Covo.

O festival cinematográfico começou com uma película de hora e meia sobre como sair da forma mais lenta de Lisboa. Envolveu troca de carro, acerto do relógio do automóvel, reunião do grupo.

A viagem correu excepcionalmente bem, podendo ser comparável com o silêncio que antecede as mais terríveis tempestades.

O local do acampamento escolhido para os felizes viajantes encontrava-se perto de Porto Covo numa praia escondida e reclusa perfeita para cenário dos seguintes episódios.

Tomar nota mental: Até os jipes têm dificuldades na areia, um comercial então é o fim .

O Damo N que até esse momento se tinha revelado como excepcional condutor não terá feito tal nota mental e encalhou, aliás, enterrou a parte da frente do carro na areia causando então o pânico entre os damos. Pensemos nisso mais logo concordaram e foram montar o acampamento. Ao se aperceberem que o sol não ia iluminar o céu à noite iniciaram outra aventura, esta chamada aventura fogueira.

Sendo o Damo M o único possuidor do conhecimento ancestral de como fazer uma fogueira iniciou uma busca por madeira pela praia. Depois das devidas precauções terem sido tomadas, houve várias tentativas para dar vida à fogueira. A primeira finalizou a vida de uma lata de desodorizante e obteve poucos resultados práticos para alem do aroma agradável permanecente no ar. Métodos mais drásticos teriam que ser implementados, meia garrafa de bacardi foi sacrificada para que houvesse luz no meio do nada. Quando essa metade fracassou, o grupo não estava disposto a sacrificar mais em prol da luz e contentou-se com a claridade dos telemóveis.

Antes que pudessem relaxar e comemorar o seu esforço com uma cerveja tiveram que mudar o acampamento para outro sítio. Felizmente um ukranianiano freskovia tratou de desencalhar o nosso transporte para irmos para uma praia mais abastada de luz e menos de vento.

Quando voltaram a acordar dos abusos cometidos na noite, deram por si no meio da praia grande com o sol a brilhar e as ondas a baterem. Fumado o cigarrinho de bom dia repararam nos três agentes bóbós (GNR) que para eles se dirigiam. Damo M, entendedor das leis iniciou o diálogo com a mona que lhe transmitiu a proibíção de acampamento em local público e de bom grado ofereceram um autozito ao clube dos damos.


Após algumas horas a negra da fome começou a anunciar a necessidade de ingerir alimento para alem dos líquidos até lá consumidos. E é nestas situações que o Tuga sai sempre por cima. Independentemente das condições disponíveis quando há fome o tuga arranja comida, nem que seja matando um cão da rua.

Felizmente, o grupo 3D apenas come cães com pedigree e não apenas qualquer rafeiro, sendo assim forneceram-se no supermercado local com carne, pão, acendalhas e carvão. Sai uma bifana! E já estamos prontos para outra.

Claro que dizendo isto é mais que óbvio que houve seguimento do nosso karma até lá bastante preocupante.

Na segunda praia reclusa visitada pelos viajantes , o Damo K após passar pelas brasas acordou com um par de calças molhadas. Neste ponto até o autor se recusa a pensar sobre a origem da nódoa. Ignorance is bliss!

O Damo N optou por apenas atestar 5 euros antes de sair de porto covo, sendo a próxima estação de serviço a 100 km dali. Tendo saído de porto covo os damos entraram em modo económico. Dando gás apenas até às 20.000 rotações, descendo em ponto morto e outras trapaças para esticar a gasosa, não fossemos ter que empurrar o carro durante horas ou andar quilómetros à procura de mais combustível.

Quando há falta de ocupação para entreter os viajantes durante uma viagem cria-se formas onde nunca essas formas existiram. Havia outro carro juntamente com o nosso a cumprir limites de velocidade que nos ultrapassava e era ultrapassado sempre com muitas gesticulações à mistura sempre bem divertidos. Quando os damos deram conta de si havia uma fila de uns 200 carros a penarem com o traço contínuo e a falta de velocidade dos dois carros fronteiros que se entretiam em brincadeiras causando uma fila interminável.

Tudo estava a correr bem pelos cálculos feitos até lá relativamente à gasolina até ao momento que eles depararem com uma massiva fila de transito. As contas já começavam a bater mal e o desespero e receio da necessidade eventual de empurrar um carro por quilómetros instalou-se. Não é que uns mil carros decidiram abrandar ao passarem ao lado de um veículo sinistrado e olhar.

Todos já sabemos que os tugas assim são, mas continua-me a fazer impressão como as pessoas automaticamente abrandam quando há um acidente, não para aumentar a segurança rodoviária, mas sim para dar a espreitadela, mandar a boca e continuar convencido que tal coisa nunca lhe acontecerá. Pois a esses tonís que não têm mais nada que fazer na vida senão lixar as contas a quem tá a andar a vapores da gasolina desejo o mesmo acidente só para não se armarem em espertos. E eventualmente o 3D bólide passará por ele com caras sorridentes e mãos fazendo o sinal universal do TOMA Lá!

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