segunda-feira, agosto 15, 2005

Ai que piroso!



Interrompemos esta sessão de histórias e larachas provindas do Sudoeste para comentar, fazer pouco e rir sobre o esquadrão Q.

Para quem ainda não teve a sorte de ver estes anúncios na sic eu chamo-vos a atenção porque uma gargalhada por dia dá saúde e faz crescer.

O lema destas rainhas é “Dar estilo aos portugueses.” Sim, claro. Porque apenas os mais larilas de nós neste mundo é que sabem o que é estilo. “Vamos também dar muita classe às casas de Portugal. Abanar o rabiosque, gesticular com a mão como quem diz: “Jogo basket e sirvo às mesas”, apenas para finalizar com a mãozinha na anca rodeado por 4 homens, cada um com a sua “ferramenta” na mão. Um tem um pincel, outro uma bisnaga de silicone, um berbequim e mais estranhamente um secador de cabelo que se encontra normalmente nos cabeleireiros. Como se o secador não fosse suficiente há um larilas com um rolo de massa na mão.

Estou confuso. Já vi em várias sessões de zapping vários programas de diversos países dedicados à decoração de interiores. Estes programas consistem em redecorar casas ou apenas salas de pessoas sem qualquer noção. Pessoalmente até admito ter visto alguns para aprender algumas coisas de pessoas que entendem. No entanto até hoje ainda só vi um larilas a fazer um desses programas. Mas afinal de contas estamos em Portugal. Só um nilas não chega, isso já foi explorado na Quinta das Barbaridades pelo nosso amigo ZCB. Não, à boa moda tuga lembramo-nos de juntar os 5 gajos mais virados que conseguimos encontrar em território nacional.

Quando alguém me fala em esquadrão lembro-me dos meus velhos heróis de infância: Esquadrão Classe A! Versão brasileira Ediberto Richards! O BA, grande, másculo e sem tempo para paneleirices se viesse cá à terra não ficava lá muito satisfeito com o que fizeram com o legado dele.

Mas agora há o “Esquadrão Q! Não és homem não és nada!” Pois, homens ali só se for no sentido biológico e mesmo assim permanece a duvida. Depois de até o único rapaz dos Onda Choque mudar de sexo, ficámos a saber que é uma “transformação”
progressiva. Isso faz muito sentido, é só descobrir em que etapa cada um deles vai.

Adoro sempre que os anúncios televisivos tentam provocar uma reacção com afirmações deste tipo. Certezas quanto ao significado não há. Ou são os homens que por acaso vejam o programa que não são viris por verem o programa, ou supostamente será aquele o termo de comparação para o típico homem português? Só pode ser dirigido às rainhas que ali passeiam e se movimentam a canções do tipo: In the Navy, YMCA e afins. Desnecessário será certamente explicar quais as associações a estas músicas. Não significa que quem goste seja, mas serve como tira teimas em caso de dúvida. Pois na minha cabeça não existem dúvidas relativamente a este novo flop.

Mas também quem sou eu para dizer que vai ser um flop? Também pensava que a Quinta dos animais do Jet 7 com o ZCB ia correr mal a nível de audiências, mas juntamente com o Fiel ou Infiel, onde o apresentador se diverte durante 5 minutos a roçar um cinto nas virilhas, fui forçado a chegar a outra conclusão.

Nós gostamos disso tudo! Quanto mais ridículo melhor! Ponham pessoal sem qualquer auto-estima ou com ela em demasia na televisão! Tem é que dar barraca, emitir imagens que fariam qualquer mãe por as mãos sobre os olhos e nunca mais sair em publico.

Não concordam? Lembram-se da Gisela? Ehehehe eis o facto inicial que apenas se junta aos apresentados anteriormente.

Como não gosto de remar muito contra a maré, apenas mudarei de canal quando estes espectáculos estiverem a dar não antes de dizer:

“Estilo, bom gosto e classe para todos os portugueses! Vai ser tão divertido! Mãos e tutus à obra suas bixas malucas!!!”

Eu é que não quero a minha casa cheia de rosas, roxos e com aparelhos sado-maso na parede. Chamem-me de picuinhas....

quarta-feira, agosto 10, 2005

Sudoeste - fresco


Já passaram alguns dias e certamente os fãs mais ávidos ( n sei de nenhum )
devem-se ter questionado do porquê. Fui ao Festival do Sudoeste. Como tal os próximos posts neste blogue serão à cerca das experiências aí vividas.

Para quem não sabe, o sudoeste é um festival anual que se realiza na zambujeira do mar, para os mais desnorteados, no Alentejo. Este foi o segundo a qual fui, tendo cometido alguns erros pela segunda vez nesta edição. Em 98’ procurávamos um lugar para montar a tenda quando demos com um enorme espaço em qual montámos imediatamente a tenda. Heh, aqueles ali atrás devem ser mesmo parvos, tinham aqui alto spot para montar a tenda e não montaram, somos mesmo espertos!

Amigos, se algo é aparente a todos e supostamente bom, e no entanto ninguém usufrui, é porque tem bixo. Pois o bixo não estava no chão mas sim em cima. Uma clareira gigantesca que parecia actuar como uma lente para o sol conseguir reproduzir o efeito de estufa mortal nas tendas aí colocadas, as nossas.

Este ano, num ataque de esperteza, optámos por acampar numa herdade perto do sudoeste, assim conseguindo evitar a confusão e stresses do acampamento geral. Quando lá chegámos, apenas pensei em clareira gigantesca. Quem alguma vez viu o National Geographic certamente tem uma ideia visual do que é uma savanna africana, era tal e qual. Sem sombra, novamente, podíamos dormir apenas 3-4 horas por noite até que o sol nos acordasse. Quando digo acordar, não é com uma boa musica no despertador ou algo comparável a um agradável beijo para acordar. Não. Acordar era sentir um aperto nos pulmões e garganta, dar com o corpo completamente coberto de uma película de suor e sentir uma sede que nos torna animalescos.

Durante esse amoc animalesco matinal então procuramos imediatamente sem sequer racionalizar as acções algo para beber, para dar fim à agonia. Nesse momento dá-se com uma garrafa de agua a metade. Antes de a vermos já a temos na mão, aberta e pronta a terminar o sofrimento. Que alívio!!!

Not!!

Há um pequeno pormenor, se a tenda está quente, não existe agua, apenas chá e bem quentinho ali a ferver desde as 6 da matina. A primeira golpada de agua nem se sente devido à secura de todos os tecidos, no entanto a segunda já nos queima a boca e provoca que se cuspa tudo para fora. Secalhar devias ter aberto a “porta” da tenda antes de te pores a molhar todo o interior da tua tenda não? Boa ideia.

Conformado com o sucedido e pensando onde poderá obter agua ou qualquer coisa que se beba, de preferência bem fresco, o olhar é desviado para o lado. Já sei porque é que não fui picado... estão uns 7 bixos, misto de moscas, melgas e outros desconhecidos, todos de patas para o ar, lado a lado.

E como se isto tudo não chegasse, no fim do banho matinal é que dão conta que apenas dormiram 3 horas e são 9 da manhã, e o primeiro concerto é às 21h.

Então fica-se a marinar ao sol, de vez em quando dando um banhinho para não assar. Aliás, poderão identificar quem no sudoeste esteve por duas características muito óbvias: Estão completamente sobre-bronzeados (vários casos de escaldões também incluídos para as “lagostas humanas” ) e mais distintivo ainda, a marca da pulseira da treta em um dos pulsos. Eles andem aí....

terça-feira, agosto 02, 2005

Amigo Especial


Hoje não aconteceu nenhuma peripécia que possa cá por, o que é altamente invulgar. Sendo assim vou aqui escrever em poema uma canção de Stephen Lynch intítulada Special Friend Fred ( não, não me foi dedicada e bem poderia ser o Mr. Ed )

When i was a boy of ten
I had a very best friend
Fred was kind, with good intent
But just a little different

Ohhh special Fred
Mamma dropped him on his head
Now he's not so bright instead
He's a little bit special

We'd play tag and he'd get hurt
I'd play soldier he'd eat dirt
I like math and spelling b
Fred liked talking to a tree

Ohhh special Fred
Mamma dropped him on his head
Now she keeps him in the shed
Cuz he's a little bit special

I ran track hung out in malls
Fred ran headfirst into walls
I had girls and lots of clothes
Fred had names for all his toes

Ohhh special Fred
Mamma dropped him on his head
Now he thinks he's a piece of bread
Cuz he's a little bit special

One day talking to special Fred
He grabbed a brick and he swung at my head
And as he laughed at me that's when i knew
That special Fred just made me special too

Now i laugh as i count bugs
I give strangers great big hugs
Next to me, Fred is fine
Yeah, he's a fu#$%ing Einstein

Ohhh special Fred and me
Now we're not right in the head you see
Now we're not so bright instead
We're a little bit special
Just a little bit special
That bastard Fred made me special

Just a little bit special

segunda-feira, agosto 01, 2005

Não quero rasca man!


Hoje vi pela primeira vez um anuncio na televisão que parece que já roda há umas semanas com qual fiquei simplesmente estupefacto. Será possível? Nahhh, devo ter visto mal. Para confirmar revejo o anuncio passado 2 minutos à boa moda da TVI de fazer publicidade com maior duração que a própria programação. Vi bem da primeira vez. A minha alma esta parva....

Não é que um sósia rasco de segunda do Bob Marley tem um microfone na mão, no meio de uma favela, ligado a um amplificador a cantar: “Não quero rasca, man!”. Duvido que ele vá angariar muito dinheiro na rua ou no metro a cantar aquilo, por isso também não deve conseguir juntar os 79,90 € que custa qualquer telemóvel “ a preço de irmão “ ( da minha família não és de certeza, qualquer irmão meu a pedir-me isso, levava na boca ).

Logo, para ele ter um telemóvel, vai ter que o encontrar ou “pedi-lo a alguém”. Esta expressão é linda. Ouvi-a numa esquadra enquanto prestava declarações. “ Mas ò xêf, ess télémôvel eu pedi ao bacano e ele deu-mo pá. Eu só pedi!”

Isto quer dizer que ele está a informar as futuras vitimas de furtos das suas preferências, algo como nós fazíamos em crianças ao pai natal, mas o pai natal do Zé Rasta somos nós e como todos sabemos, penso, logo existo. Então é melhor irmos já todos comprar um telémovel de ultima geração, topo de gama, para que quando nos assaltarem, eles irem embora a cantar. Aliás, tou mesmo a ver o filme:

Três criminosos adolescentes rodeiam um jovem e “pedem-lhe” o telémovel. O jovem prontamente entrega o seu aparelho, esperando poder sair ileso deste confronto, quando se ouve: “Xêêêê ! Um nokia 3220? Mas tu não ouviu? TÁ MALLL! Eu disse que não queria rasca porra! Um nokia 6600 porra! Pélo menos que tirasse fótó! Agora levas bala cabrão!” O jovem encontra-se na unidade de cuidados intensivos de Lisboa e espera alta nos próximos 2 anos devido a lesões de balas e espancamento e um objecto ainda desconhecido alojado no seu corpo.

Mas o pior de tudo terá que ser a transmissão destas mensagens ou ameaças ao público através de uma operadora móvel. É como no canal público antes das eleições: “As seguintes mensagens e imagens são da inteira responsabilidade dos intervenientes.”

Será de admirar? Pessoalmente, fiquei admirado com o facto de o porem à frente dos olhos de todos, de certa forma admitindo-o, mas que tal era a mentalidade, não fiquei muito surpreendido.

Não me convencem que não conseguem bloquear telemóveis roubados. E por mais balelas que qualquer uma das operadoras conte, eu sei melhor. E é tão lógico que até dói. Ao não bloquearem, ganham ao quadrado. Primeiro o bixo que roubou o telémovel, vai fazer chamadas na rede e provavelmente usufruir de outros serviços que o novo telemóvel permite. E em segundo a pessoa furtada que terá que comprar outro. Sim, TEM que comprar outro... impensável é a vida antes dos telemóveis. Aliás para muitas pessoas já é impensável o telemóvel sem câmara fotográfica, mp3, 1000GB de espaço, torradeira, batom, espelho e sei lá mais eu o que se vão lembrando de incluir num TELEFONE!