
Antigamente, quando se podia comprar um bilhete de metro por 20 cêntimos ( leia-se 40 escudos ) e beber um café por ainda menos os jovens ao chegarem à maioridade eram confrontados com uma decisão. Saio ou não de casa? A grande maioria saiu de casa e aterrou na vida real tendo que trabalhar que nem cães para poderem comportar os custos. Apenas foram, porque havia um grande argumento contra ficarem na casa dos progenitores: Não podiam dar as quecas com as namoradas à vontade! Logo, toca a arranjar uma barraca para lá viver. E assim se dava a entrada na vida real, de facto unicamente propulsionado por esse facto incontornável, pensavam eles, acarretando com custos de comida e manutenção de uma casa sem contar com o tempo aí gasto.
Mas depois chegaram as novas gerações, que confrontados com factos económico-sociais mais complicados que os dos seus antecessores se viram forçados a pensar melhor na altura da tal decisão. E eis que a nova geração marcou a diferença, tendo encontrado uma alternativa.
Um jovem que até esse momento ficava a viver com os pais era considerado uma imensidão de coisas negativas. Hoje, pretendo-vos desmistificar a razão por qual cada vez mais jovens ficam durante muito mais tempo com os pais.
Em casa comem a comida que é boa e não custa. Em casa podem dormir, tomar banho e tudo que precisam excepto satisfazer uma necessidade biológica. Ora, se assim é, faz-se como os homens durante a sua crise de meia idade e vai-se ao hotel! Assim nasce a geração Ibis, evoluindo a forma de pensar dos nossos dias. Seja o hotel usado Ibis ou um de uma estrela no bairro alto, o necessário está lá. Com ou sem “ fenêtre “ tem sempre uma cama e uma casa de banho. Os custos são bem menores que comprar ou viver fora do covil. Mão à palmatória, mas também não é tudo mel...
Serão giros os percalços de alguns rapazes cujo nome já está na base de dados do hotel e a rapariga com quem estão se pergunta pelo porquê. Fica desde já esta pequena referência para futuros utilizadores deste tipo de serviços, usem nomes diferentes.
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